TERCERA PARTE
LA EMPRESA "CEDES MANAGEMEN CORP" INVESTIGADO POR LA FISCALIA DE BRASIL POR CASO LAVA JATO.
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Empresários investigados utilizaram serviços da Mossack Fonseca
LA EMPRESA "CEDES MANAGEMEN CORP" INVESTIGADO POR LA FISCALIA DE BRASIL POR CASO LAVA JATO.
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Empresários investigados utilizaram serviços da Mossack Fonseca
Fernando Rodrigues
11/04/2016 03:00
Raúl Srour e Benjamin Katz criaram
offshores dos Panama Papers
João Procópio Prado firmou acordo de
“consultoria” de US$ 1 milhão
Famílias Haber, Kattan e Trombeta
compraram firmas via Mossack
A firma panamenha de advocacia e consultoria Mossack Fonseca forneceu
empresas offshore para diversos “doleiros” brasileiros investigados na Lava
Jato e por suposta participação em desvios no banco Banestado nos anos 1990.
Raúl Henrique Srour e João Procópio Junqueira Pacheco de Almeida Prado são
réus na Lava Jato. Prado trabalhava para o doleiro Alberto Yousseff.
Um dos primeiros investigados na Lava Jato, Raul Henrique Srour manteve
pelo menos 2 companhias com a Mossack
& Fonseca: a Seaway Holdings Corp (aberta em 2000, nas Bahamas) e a
Uniglobe Finance Limited (que funcionou de 2007 a 2009, nas Ilhas Virgens
Britânicas).
Srour foi preso em 17.mar.2014 e solto
em 24.abr.2014 após pagar fiança de R$ 7,2 milhões. Ele é apontado pelo MPF
como um dos membros do grupo de Alberto Yousseff que operava no mercado
paralelo de câmbio. Na denúncia, o Ministério Público Federal enquadra seu
envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro praticados pelo menos desde a
década de 1990. Srour também apareceu nos documentos do SwissLeaks.
A série Panama Papers, que começou a ser
publicada no domingo (3.abr.2016), é uma iniciativa do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas
Investigativos), organização sem fins lucrativos e com sede em Washington, nos EUA. Os dados
foram obtidos pelo jornal Süddeutsche Zeitung. O material está em investigação há
cerca de 1 ano. Participam desse trabalho com exclusividade no Brasil o UOL, o jornal “O Estado de S.Paulo” e a RedeTV!.
JOÃO PROCÓPIO
João Procópio de Almeida Prado é contador e trabalhava com o doleiro Alberto Yousseff. Na denúncia apresentada contra ele na Lava Jato, o Ministério Público Federal afirma que Prado era o responsável por criar, movimentar e gerir várias das offshores usadas pelo grupo. A denúncia faz a ligação dele com diversas empresas do mesmo tipo.
João Procópio de Almeida Prado é contador e trabalhava com o doleiro Alberto Yousseff. Na denúncia apresentada contra ele na Lava Jato, o Ministério Público Federal afirma que Prado era o responsável por criar, movimentar e gerir várias das offshores usadas pelo grupo. A denúncia faz a ligação dele com diversas empresas do mesmo tipo.
Os arquivos da Mossack contêm 2 offshores até agora desconhecidas pela
força-tarefa da Lava Jato e que são reveladas pelos Panama Papers: a Edaco Services (aberta no Panamá em
set.2011) e a Cedes Management Corp (também no Panamá, em
jul.2012).
Os documentos contêm indícios de que uma das contas movimentadas por Prado,
a Santa Tereza Services LP, pode ter sido usada para enviar dinheiro a um
ex-dirigente da Fifa, Jack Warner.
A principal peça é um acordo entre a Santa Tereza e outra offshore, de nome
Pendrey Associates Corporation. Esta última pertence a Ken Emrith, um cidadão
de Trinidad e Tobago ligado a Warner.
Em dezembro de 2012, Santa Tereza e Pendrey firmaram acordo de “consultoria”para
a expansão do porto da Baía de Walvis, na Namíbia. Em valores da época, o
negócio envolveu US$ 1 milhão. No contrato, há a assinatura de Prado.
Estas informações foram apuradas em colaboração com a repórter Camini
Marajh, do jornal Trinidad Express.